terça-feira, 7 de junho de 2011

Braga, a cidade onde nasci













Foi nesta rua que eu nasci um ano depois de meu irmão. Braga, a cidade dos arcebispos, mora no meu coração, apesar de ter estado dela ausente durante a minha vida, menos dois anos.
Sempre me senti angolana, mas marcada nos meus génes está Braga, porque daí é originária toda a minha família do lado paterno.
O meu pai nasceu e viveu paredes meias com a Sé de Braga, aliás era no seu interior que brincava na infância. Foi na Sé que casou, apesar de ateu, ao mesmo tempo que embirrava com o primo direito, o padre que viria a ser o cónego Melo, ilustremente famoso por boas e más razões...







Foi na Sé que Armando de Oliveira Melo baptizou os seus dois filhos, com o apelido de Oliveira (que também deu à mulher), pois quis contrariar a vontade da mãe que exigira ao marido ( Oliveira) que dos seus quatro filhos, dois teriam no fim do nome o seu apelido - Melo!!! Era de força a minha avó Francisca!







Tenho visitado a bela e histórica cidade de Braga, gosto dela, admiro-a, tento recordar alguma coisa da minha infância ali vivida brevemente, mas nada de nada me vem à memória... por isso não a sinto minha, embora a ame...







Em 1971 voltei lá pela primeira vez e o meu pai foi o guia que nos mostrava (a mim e meu irmão Zé) os lugares e as histórias passadas. Vimos onde os armazéns e lojas da família se situavam, donde partiam as mercadorias para Luanda nos idos anos 40. Assistimos a jogos imaginários do Braga no estádio 1º de Maio , onde o meu pai foi jogador e depois árbitro . Encontrámo-nos por acaso com um antigo companheiro e amigo do meu pai, Salgado Zenha, ouvimos as histórias das reuniões clandestinas tantas vezes feitas na casa do meu tio Neca. Subimos ao Sameiro, percorremos o Bom Jesus e vimos Braga por um canudo!!!







Em 2012, assim eu viva, e lá irei honrar a capital da cultura, Braga!

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